pra que chorar
se podes rir até sentir caibras nos ossos
a certeza esta longe de ser decretada
os destroços sempre estarão à vista
e o motivo será o mesmo
desvios de sentimentos sentidos
insuficencia cardíaca de 1º grau
mudez repentina
causada pelo impacto
do descobrimento da semanna passada
o pão será o mesmo
duro de pedra
e a fatia da torrada
secará a gartanta como o deserto
impedindo que o grito de adeus
ecoe pelos espaço aéreo
segredo celeste
de-me astúcia para desmembrar o breu
em total desconehcido
que será familiar na semana seguinte
quarta-feira, 24 de fevereiro de 2010
terça-feira, 23 de fevereiro de 2010
sombras
perdão meu sermão desarrumado
minha pretensa sabedoria
calculando a alegria, o respiro
minhas expectativas não anunciadas
a placa sem direção
e o descaso do acaso
perdão se meu calor te repele
queimando teus fios de cabelo
e as palavras desnecessárias
morrendo no desatento balbuciar
desculpe se matei seu tempo
horas esvaziadas pela presença
eu me perdoo
sem ressentimentos
pelo menos nessas linhas
tão tortas quanto meus pensamentos
e minha moral abalada
no reduto do insilenciados
sentenciados pelo perpétuo sentimento
de angustia
de se achar no direito de abstrair o concreto
e tomá-lo como certo
esquizofrenicamente se apoiar nesse modelo
pois é o único que foi capaz de gerar
essa sombra que flutuou ali
nada mais que seus pensamentos regurgitados
que escaparam sob o contradito
aprentam estranheza assim, longe da cabeça
sem uma montagem sequencial
assemelha-se aos sentidos
como calor, inquietude, desespero
formou uma face sem rosto
mas a sombra que espelha
parece uma lua desmembrada
ou um coração estatelado
partido em mil pedaços
pode ser também um animal novo
com nome ainda não catalogado
um bicho citadino
inclinado a ser um inseto
mas com mamas desenvolvidas
ainda poderia imaginar que essa sombra
por sua natureza fosse uma ilusão
um pressuposto da materialidade do pensamento
um borrão sem sentido
ou com o sentido perdido pelo desgaste
esgarçado pelas badaladas do sino majestral
que tudo rege e reage
nessas horas de minutos intermináveis
o casulo da racionalidade se rompe
formando um encandescente cometa
que arrasta todas as formulações
com suas fórmulas equacionadas
e o que se tem nas mãos é vento
polpa para os sortudos
quando o desconexo se instala
a vala do buraco negro logo ali
trata de botar ordem no chiqueiro
um buraco branco com alvo rastro
apaga tudo que se escreveu
pelo menos por um instante
deixando a terra lixiviada
ainda com resquícios de fertilidade
gotas de minérios depositam-se nos espaços vazios
a água ainda pode umidificá-la
não deixando-a tornar-se rocha
uma água que seja reciclável
vinda da vazante da represa
represálias a favor do reestabelecimento
da razão, ilusão, sentimento
de algo menos óbvio
que este falatório
minha pretensa sabedoria
calculando a alegria, o respiro
minhas expectativas não anunciadas
a placa sem direção
e o descaso do acaso
perdão se meu calor te repele
queimando teus fios de cabelo
e as palavras desnecessárias
morrendo no desatento balbuciar
desculpe se matei seu tempo
horas esvaziadas pela presença
eu me perdoo
sem ressentimentos
pelo menos nessas linhas
tão tortas quanto meus pensamentos
e minha moral abalada
no reduto do insilenciados
sentenciados pelo perpétuo sentimento
de angustia
de se achar no direito de abstrair o concreto
e tomá-lo como certo
esquizofrenicamente se apoiar nesse modelo
pois é o único que foi capaz de gerar
essa sombra que flutuou ali
nada mais que seus pensamentos regurgitados
que escaparam sob o contradito
aprentam estranheza assim, longe da cabeça
sem uma montagem sequencial
assemelha-se aos sentidos
como calor, inquietude, desespero
formou uma face sem rosto
mas a sombra que espelha
parece uma lua desmembrada
ou um coração estatelado
partido em mil pedaços
pode ser também um animal novo
com nome ainda não catalogado
um bicho citadino
inclinado a ser um inseto
mas com mamas desenvolvidas
ainda poderia imaginar que essa sombra
por sua natureza fosse uma ilusão
um pressuposto da materialidade do pensamento
um borrão sem sentido
ou com o sentido perdido pelo desgaste
esgarçado pelas badaladas do sino majestral
que tudo rege e reage
nessas horas de minutos intermináveis
o casulo da racionalidade se rompe
formando um encandescente cometa
que arrasta todas as formulações
com suas fórmulas equacionadas
e o que se tem nas mãos é vento
polpa para os sortudos
quando o desconexo se instala
a vala do buraco negro logo ali
trata de botar ordem no chiqueiro
um buraco branco com alvo rastro
apaga tudo que se escreveu
pelo menos por um instante
deixando a terra lixiviada
ainda com resquícios de fertilidade
gotas de minérios depositam-se nos espaços vazios
a água ainda pode umidificá-la
não deixando-a tornar-se rocha
uma água que seja reciclável
vinda da vazante da represa
represálias a favor do reestabelecimento
da razão, ilusão, sentimento
de algo menos óbvio
que este falatório
terça-feira, 9 de fevereiro de 2010
entronco
Respiro o vento que derruba os muros
sacio a sede com o licor extraído dos corpos
fechado a vacuo por um sussurro
dos mortos infectados por sangue artificial
um bastardo sem estudo
abecedário vivido e decorado em real
imagem digital com mão de morsa
pratico minha comunicação morse sem aparelho
cavoco as unhas nos dedos tesos
dou sinais de quem recebe favores
terços de quatro faces, amores
é inesquecível tê-los
flutuar em sua espalda
contar os minutos de sua espada
fatiando a carne reconstuída
acreditando que ela se recomporá novamente
em células de tronco retorcido
sem caminho definido
sacio a sede com o licor extraído dos corpos
fechado a vacuo por um sussurro
dos mortos infectados por sangue artificial
um bastardo sem estudo
abecedário vivido e decorado em real
imagem digital com mão de morsa
pratico minha comunicação morse sem aparelho
cavoco as unhas nos dedos tesos
dou sinais de quem recebe favores
terços de quatro faces, amores
é inesquecível tê-los
flutuar em sua espalda
contar os minutos de sua espada
fatiando a carne reconstuída
acreditando que ela se recomporá novamente
em células de tronco retorcido
sem caminho definido
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