terça-feira, 31 de janeiro de 2012

olhos rotos

se te disserem que se esqueça dos seus pensamentos sustenidos
de sua visão invasora de redomas imemoriais
se cotejarem sua loucura, buscando um fio de razão concreta
ou separarem de sua fonte
a elegia por uma verdade

Por que os adultos choram escondidos?





Não posso falar, que sua ausência corrói minha noção de vida
Mesmo se você ouvisse, sei que não entenderia nada
Posso me debater, encontrando as pontas nos muros
resgatando a dor que nunca adormece
Posso crer que o meu ódio rompa o véu da insensibilidade
Posso até acreditar que nada disso aconteceu

nunca mais verei os olhos tortos de seu rosto

segunda-feira, 16 de janeiro de 2012

vulto na janela

interditado
deixe estar
que o ser está deitado
distraído com a estrela cadente
em seu colo
roubando as horas
para ver se é pego
em flagrante



VáCuo

VuLto

VOLTO

mais além

quinta-feira, 5 de janeiro de 2012

batalha hão

Torres da razão
flores de ilusão
e cacos espalhados
vindos da janela estilhaçada
pelos gestos abruptos do batalhão
choque para dissuadir
dissolver o resquício da sanidade no mundo
há quantos anos?
Mais quantos?
Cospe sua alma suja
e dá descarga
pra não empestear por aí

a utopia
ainda habita os campos?
Ignorar a chama espontânea
da terra
erigiria a lápide
do fio de integridade
que resta