terça-feira, 9 de setembro de 2008

antes do porvir

raiz, cais prolongado ao infinito
existe desde antes
insiste em crescer
sem conhecer o porvir
o inocente sente que a domina
julga sobrevoar ileso
preso ao vento que o envolve
crê transpor os ares
mares, lugares e vulcões
trovões, dragões dos fogos mais pelantes
uma pipa não voa sem linha
a pássaro não plana sem ninho
homem feito chora feito menino
se no caminho força fraqueja
na peleja com os ventos
tem sorte aquele que no peito
traz seu eu anterior

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