um raro caso de reflexão temos aqui
perguntas, umas atrás das outras
e o pior.. sem respostas
estas podem ser forjadas, inventadas
criadas ou copiadas
ao gosto do freguês ou adulto que se deparar
criança de tudo
esse pedaço de gente ignora seu poder de pensamento
que mora justamente nesse não saber
em ser despretenso, intenso e sem tensão
essas perguntas nos lembram sem piedade
amizade ou caridade
que às vezes nossos motivos são movediços
postiços ou quebradiços
não importa a ordem ou concomitância
mas a distância que podemos chegar
do nosso dom primordial
terça-feira, 24 de março de 2009
sexta-feira, 20 de março de 2009
apés
fumacê na cara
tô eu na rua
atrás do eixo perdido
gastando a sola
os olhos ressequidos
a mente à tona
milhas à frente
cadê aquele abraço quente
quando o frio era rei
o beijo fresco
rachando o mormaço do ambiente
do meu espírito
adormeço na fenda das lembranças
entre seus seios
tão seus
mas sinto os pés muito livres
querendo limites
querendo vapor
amor
tô eu na rua
atrás do eixo perdido
gastando a sola
os olhos ressequidos
a mente à tona
milhas à frente
cadê aquele abraço quente
quando o frio era rei
o beijo fresco
rachando o mormaço do ambiente
do meu espírito
adormeço na fenda das lembranças
entre seus seios
tão seus
mas sinto os pés muito livres
querendo limites
querendo vapor
amor
quinta-feira, 19 de março de 2009
exploda-se!
Livre!
pra berrar, pra caçar e ser caçado
Liberto!
pra amar, pra chorar
raiva do caos desordenado
olhos no sangue da garganta seca
sem motivos a reclamar
nenhuma razão
as possibilidades são suas
Agarre-as! com unhas, dentes
mentes, corações e ilusões
Exploda! seus ossos serão guardados
Dissolva-se em música!
assim poderá ser ouvido
invada os poros geograficamente
os órgãos, de forma a chegar ao peito
leito onde repousa o músculo vital
sistola e diastola e ainda
tem o potencial de sentir
pra berrar, pra caçar e ser caçado
Liberto!
pra amar, pra chorar
raiva do caos desordenado
olhos no sangue da garganta seca
sem motivos a reclamar
nenhuma razão
as possibilidades são suas
Agarre-as! com unhas, dentes
mentes, corações e ilusões
Exploda! seus ossos serão guardados
Dissolva-se em música!
assim poderá ser ouvido
invada os poros geograficamente
os órgãos, de forma a chegar ao peito
leito onde repousa o músculo vital
sistola e diastola e ainda
tem o potencial de sentir
domingo, 15 de março de 2009
somos
CLOWN
brancura augusta
faustosa amargura do pequeno coração
estripulia delicada, espirro
julga fazer rir os lábios
faz incandescer a alma
percorre o eterno conflito
as duas faces
o domínio pelo riso
confunde a ilusão
esconde a dor
reencontra o início
quem não quer ser clown
sem saber que já é um?
brancura augusta
faustosa amargura do pequeno coração
estripulia delicada, espirro
julga fazer rir os lábios
faz incandescer a alma
percorre o eterno conflito
as duas faces
o domínio pelo riso
confunde a ilusão
esconde a dor
reencontra o início
quem não quer ser clown
sem saber que já é um?
sábado, 14 de março de 2009
mãos enroladas
trança que encanta em seu labirinto, como um mantra, une o corpo
solto que está, loco deixa a quem olha, como mar revolto
cá, em seu belo cabelo, as mãos com calos desperdiçam as horas
alisa ondulando, se aninha e consola, enrola o momento
solto que está, loco deixa a quem olha, como mar revolto
cá, em seu belo cabelo, as mãos com calos desperdiçam as horas
alisa ondulando, se aninha e consola, enrola o momento
segunda-feira, 9 de março de 2009
desvio da sombra
do analógico ao digital
do esquizofrênico ao espiritual
distâncias percorridas a passos largos
abismos rebentados por olhares vagos
o calor de produção artesanal
de afago irracional
palavras soletradas em tom matinal
provocam sombras que desviam em gotas ácidas
flácidas sentenças
em cadencia
decadência
indecente
do esquizofrênico ao espiritual
distâncias percorridas a passos largos
abismos rebentados por olhares vagos
o calor de produção artesanal
de afago irracional
palavras soletradas em tom matinal
provocam sombras que desviam em gotas ácidas
flácidas sentenças
em cadencia
decadência
indecente
domingo, 1 de março de 2009
fuga
insulto calado
indulto forçado
vício circuloso
de sonho insolúvel
rosto anguloso
que aprisiona
questiona, volúvel
se seus trejeitos são tão assim quanto digo
se sua rede é tão emaranhada quanto parece
carece não...
dissolvo meu tempo
o centro e as bordas
sem querer
escapo
indulto forçado
vício circuloso
de sonho insolúvel
rosto anguloso
que aprisiona
questiona, volúvel
se seus trejeitos são tão assim quanto digo
se sua rede é tão emaranhada quanto parece
carece não...
dissolvo meu tempo
o centro e as bordas
sem querer
escapo
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