As grades separam o leão do público
Resgatam a mansidão esquecida
à força
Nas tardes vazias
Ele prefere mascar os restos
De lembrança
Que criou
Durante o tempo vazio
Em seus sonhos
Pode
decepar em só golpe de pata felina
As hastes
Os pescoços
os rostos
Entrei na jaula
E senti o cheiro do medo
Encruado
Escorrendo
de lado a lado
Na ponta do bigode
Entrei nos sonhos
E fui a grade
Varada pelas garras
Mas plena
Pois não precisava
Vigiar mais
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