Passa os meses de setembro
e tomba os 31 de dezembro
O desejo rompe as rédias curtas dos dias
e cavalga soberbo pelas paragens
Vai a jato, meio de lado
Deixando o rastro desigual
Um enigma a ser seguido
Uma teia de nós invisíveis
O que quero vai além de quereres
Pois não é o óbvio
dado
Está enodado entre o agora e
o ontem
Uma mistura de armistício
e declaração
Do toque supremo de lábios
À força desproporcional
do sexo
A pressa dissolve-se
no fim de dia que se avizinha
Encontrando a noite
parceira insone
dá as mãos a sua musa
encosta o ventre em seu colo
e parte para um novo hoje
a dois
mutante
em frente
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