Apreciava deitar na calçada e olhar a luz das estrelas. Elas revolviam-se com cadência, mais pelo efeito do alcool que por alguma propriedade física. Seu corpo dormente sentia o intenso respirar, o movimento repetido e ritmado do tórax coberto por uma camiseta preta. Ouvias os sons que conhecia de cor. As vozes exaltadas em cacofonia, provavelmente expondo teorias conspiratórias, amores idos e vindos, a paixão do viver. Caí um copo no chão, passa uma moto a milhão, e ele embaixo das estrelas.
- Marcelo! – grita um rapaz em uma mesa próxima à rua – Levanta daí!! Tá em algum tipo de transe?
Marcelo levanta a cabeça, interrompido pela voz forte. Olha para o sorriso gratuito de seu amigo - Não viaja não mano...to entrando em sintonia com meu eu superior, perdido em outros cosmos...
Nem se lembra de algumas horas atrás, fatídicas horas passadas.
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