segunda-feira, 25 de junho de 2012

desacordado

Uma longa despedida
de um dia
de uma vida

Sonhos vêm e vão
mas há noites em que eles não aparecem
Caminham por outras cercanias
revelando outros sonhos mais a terceiros

caminho
transpor as ruas desacordado
num desamor de coração triste
cambaleante

a ponte sobre a barricada de senões
desemboca no seio cheio
de fastio

o desencontro desta noite
tremula aos olhos serenos
dos coiotes que rondam os bueiros 

e, dor, é de se perceber
credor de sua conta
que hoje

só amanhã

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