por que toda vez sonho
que estou vivo,
e que nesse interim,
como num filme sem fim,
escapo do crivo do tempo?
remexo o pedaço do vento
empoleirado nas minhas palpebras
e descubro que meus olhos
estão em cor de lava
afasto a fumaça que defuma o ambiente
e com os dedos cintilantes
extraio de seu interior
as imagens de dor
para isso derreto meus dedos
em queimaduras
de texturas horripilantes
e nesse sonho como repetição
podia ser livre
pois nada queria
a nåo ser tornar-me
líquido de lava
saida do centro
destinado a queimar a terra
e no futuro
ser pedra
2 comentários:
Linda esta vontade de viver intensamente, quente e perigosamente ardente. Aproveitar para sentir cada instante antes de se transformar na fatídica e inevitável pedra.
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